quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ibovespa tem chance de voltar a subir

Fonte: Infomoney

Depois de recuar por quatro sessões consecutivas e acumular queda de 3,88%, a leve alta do Ibovespa nesta sessão já pode indicar a retomada da trajetória de recuperação do índice, conforme avaliam alguns analistas.
Marcio Cardoso, diretor da Título Corretora, explica que o ajuste positivo acontece naturalmente em um cenário no qual a queda acumulada se dá sem mudanças consideráveis nos fundamentos. Para ele, empresas que desvalorizaram-se nos últimos dias, seguem com as mesmas perspectivas de projetos de investimento, projeção de resultados e liquidez.
Inflação segue no foco de investidores
Sob uma ótica mais ampla, Cardoso comenta que o revés recente da bolsa pode ser atribuído à uma redução da exposição a commodities e ao medo da inflação, que por um lado muda a estratégia de alguns investidores que buscam melhor rentabilidade em investimentos indexados à taxa Selic e por outro contém o ritmo da atividade econômica.
Neste sentido, Góes acredita que o Ibovespa irá manter-se volátil ao longo de 2011, mas terá como ponto médio um patamar ao redor dos 67 mil pontos, principalmente enquanto a pressão inflacionária não arrefecer.
Petro é boa opção
Já o analista econômico da Win Trade, José Góes, afirma que a bolsa ficou atrativa após o desempenho negativo e acredita que a Petrobras (PETR3,PETR4) seja uma opção interessante de investimento, uma vez que as ações da companhia não se valorizaram no momento de alta do petróleo, mas quando a commodity recuou nos últimos dias os papéis acompanharam o movimento de queda.
Volatilidade com o fim do QE2?
Dentro da expectativa de volatilidade, Cardoso alerta para o fim do QE2 (Quantitative Easing 2) em junho, quando, ao que tudo indica, chegará ao fim a injeção de US$ 600 bilhões do Federal Reserve através da recompra de títulos.
Para ele, ainda é incerto como a bolsa brasileira irá reagir à mudança na dinâmica dos fluxos de capital no mercado internacional e se, de fato, não haverá mais nenhum plano de estímulo econômico por parte do governo norte-americano.
Os analistas técnicos Alã Mota, da Futura Investimentos, e Christian Cayre, da CHR Investor, também destacaram a insegurança relativa à recuperação do índice.  De acordo com os grafistas, ainda não há sinais de reversão da tendência negativa para o principal índice da bolsa paulista no curto prazo.

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